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Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabi;
As aves, que aqui gorjeiam,
No gorjeiam como l.
Nosso cu tem mais estrelas,
Nossas vrzeas tm mais flores,
Nossos bosques tm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Caros amigos e conterrneos imagino se Gonalves Dias fosse morador
de nossa linda cidade, talvez tivesse se inspirado para compor estes versos
de seu poema "cano do exlio".
Mesmo estando hoje longe de minha cidade, sempre que posso dou uma conferida
neste espao e observo que noventa e nove por cento feito
de reclamaes e indignao de nossos moradores.
Seja no campo da sade, educao, poltica e principalmente
no que se diz respeito s tradies de um ado no
muito distante, que marcaram uma gerao. Para esta juventude
de hoje e para alguns de meus amigos que esto na minha faixa de idade;
(37 anos), quero agora retratar um pouco do que hoje nada lembra nossa cidade.
Cronologicamente....
Minha infncia comea no ano
de 1972, era feita de muitas coisas boas, entre elas ir ear com meu
pai s margens
da lagoa para brincar e observar os peixes se alimentarem com
os juncos que ainda existiam naquela poca, correr pelos
"trampolins" que eram cartes postais de nossa
cidade. Meu eio terminava no centro onde carinhosamente meu pai me colocava
sentado na sinuca do inesquecvel "big bar", e mesmo no
sendo nenhum modelo mirim, pousava para fotos. Centro este, que tinha grandes
pontos de referncia, como: hangar 18, bar do Clvis, farmcia
do Sr Joaquim, Estrela armarinho, entre outros...
Quem no se lembra das festas
juninas do "Doutor Lund", Das irmzinhas de
Belm, da Aeronutica com sua fogueira e a principal de todas,
a festa da FEBEM, esta sim era a mais aguardada, sua famosa "discoteca"
que certamente foi o primeiro ponto de encontro de muitos casais de nossa
cidade... E
o carnaval de Lagoa Santa fazia com que toda populao
se envolvesse de corpo e alma, os ensaios nas quadras do centro, vrzea,
Santo Dumont e Vila Asas. Era to bom que ningum pensava em
ar fora em praias ou serra do Cip como fazem hoje na falta de
opo. Depois vinha nossa to
esperada festa de Agosto, onde comemoramos e saudamos nossa padroeira
"Nossa Senhora da Sade. Desde a busca da madeira a chegada no
centro com o foguetrio comandado pelo Sr "Raimundo Pago",
figura ilustre e marcante, assim como "Abel Gago", que comandava
a tourada, e as bandas lricas, de outras comunidades, que por um simples
almoo nos encantavam com um vasto repertrio. As tradicionais
barraquinhas que se estendiam da rodoviria ate a barraca principal
e que hoje nada lembra estes saudosos tempos, uma barraca sem graa
e socialmente dividida com o Poliesportivo na beira da lagoa, que tem hora
para comear e terminar. D licena, eu no ia
me estender muito mais to entalado na garganta... in
issvel lembrar que tnhamos junto festa atraes
musicais como o "Jlio do Impulso", bandas e grupos musicais
que de forma alguma traziam desrespeito a essncia da comemorao.
E acho que hoje mais por presso de uma elite minoritria
que no estamos tendo mais nada, nem carnaval, nem festas juninas,
nem desfiles de 07 de setembro e nem nossa festa de Agosto...
Lagoa Santa cresce desordenadamente como outras cidades e aquela jia
rara do ado, onde podamos caminhar tranqilos por nossas
ruas, hoje campo de violncia, assaltos, chacinas e empreendedorismo
urbano que descaracteriza nossa paisagem.
Ser esta a causa de tudo ter tido um fim...? Um abrao e fiquem com Deus....
04/maro de 2009 leia
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Longe de minha cidade
Nome: Andre luiz
Email: [email protected] - endereo: Floriano Peixoto
cidade: Itumbiara
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