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LAGOA SANTA
Justia bloqueia bens de empresa


"A Justia determinou o bloqueio de R$ 1.466.099,57 em bens da empresa Ral Engenharia Ltda, por irregularidades em servios prestados Prefeitura de Lagoa Santa, na Regio Metropolitana de Belo Horizonte. A determinao do bloqueio partiu da juza Sandra Sallete da Silva, da comarca da cidade, depois de pedido de liminar feito pelo Ministrio Pblico Estadual. Segundo investigao da comisso criada pela prefeitura e entregue ao MP, o ex-prefeito da cidade, Antnio Carlos Fagundes (PTB), afastado do cargo em 13 de maro, acusado de compra de votos, reou recursos Ral Engenharia exatamente na data em que foi retirado do cargo.

As suspeitas da comisso formada pelo novo prefeito, Rogrio Avelar (PPS), aumentaram quando verificaram que os recursos reados em um s dia para a Ral Engenharia eram de cerca de R$ 500 mil superiores ao oramento para obras da cidade em todo o ano de 2006. O novo prefeito afirma ainda que o servio para o qual foi feito o pagamento, o asfaltamento de ruas da cidade, no foi realizado.

O ex-prefeito se defende afirmando que os recursos foram reados em funo de um acerto de ltima hora para recuperao de ruas da cidade que do o gruta da Lapinha. Segundo o ex-prefeito, o local seria muito visitado em funo do encontro de governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizado em Belo Horizonte, entre o fim de maro e o incio de abril. Sobre a data da liberao dos recursos ser a mesma em que foi afastado da prefeitura, Fagundes afirmou que “no sabia que seria retirado do cargo naquele dia”.

Na sentena, a juza afirma haver “fortes indcios de ato fraudulento, j que a refererida rua que seria asfaltada, a princpio, parece nem mesmo existir e, at o momento, no vislumbro ter sido realizado qualquer asfaltamento na rua de nome semelhante, na forma contratada”. A sentena determina bloqueio de recursos em uma conta bancria em Belo Horizonte, de imveis em Vespasiano, e de veculos no Departamento Estadual de Trnsito (Detran).

Apesar do afastamento, o ex-prefeito afirma que vai voltar ao cargo. Segundo ele, a compra de votos identificada pela Justia Eleitoral ocorreu por intermdio de um vereador que doou camisas para um time de futebol da cidade. “Minha condenao ocorreu porque houve o entendimento de que a maior beneficiria da doao era a minha campanha, j que o vereador me apoiava”. A certeza do ex-prefeito de que vai voltar ao cargo ocorre porque, segundo ele, o prprio vereador, que tambm foi acusado de compra de voto, j retomou o cargo."

Leonardo Augusto
fonte: Jornal Estado de Minas - 19/04/2006

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