O nico
hospital da cidade que atende a servio de urgncia
e emergncia, a Santa Casa de Lagoa Santa, por meio do Sistema
nico de Sade (SUS) no est dando
conta de acolher todos que procuram assistncia e a situao
tem se agravado nos fins de semana, quando a populao
da cidade quase triplica com a chegada de sitiantes e turistas.
As
consultas previamente agendadas para exames pr-cirrgicos
nem sempre so feitas e o acmulo de pessoas no pronto-atendimento
j causa preocupao. O caseiro Jos
Antnio da Silva, morador da zona rural de Lagoa Santa, desde
agosto do ano ado tenta fazer uma cirurgia. Com as mos
cheias de guias comprovando suas idas e vindas, teve os exames marcados
para o incio deste ms, mas o dia marcado para a consulta
no era o mesmo de atendimento do mdico.
Trabalhadora
autnoma, Anglica Cristina Rodrigues, de 29, sofre
com problemas de coluna, segundo ela. Durante trs horas ela
ficou sentada na sala de espera do hospital, sem atendimento. Sofrendo
fortes dores, mal conseguia se locomover. Cheguei, tinham duas
pessoas na minha frente. Achei que seria rpido, mas ainda
estou aqui.
O
secretrio de Sade de Lagoa Santa, Gilberto Neves,
informou que o municpio rea mensalmente em torno de
R$ 180 mil (em duas parcelas) ao hospital conveniado para que faa
o atendimento de urgncia e emergncia. Segundo ele,
muitas pessoas procuram o servio com problemas que poderiam
ser resolvidos nos postos dos bairros. Implantamos 100% do Programa
de Sade da Famlia (PSF). Ele reconhece que o crescimento
da populao agrava o problema, principalmente a populao
flutuante, a dos fins de semana. Isso acaba acarretando demora.
Depois de uma triagem, os pacientes com problemas mais graves so
atendidos primeiro, o que atrasa um pouco para os demais.
O
diretor istrativo da Santa Casa de Lagoa Santa, Leonardo Carlos
Lacerda Campos tambm ite que h dificuldades para
atender a todos. So 150 atendimentos em mdia, por
dia. Nos fins de semana, a urgncia e emergncia recebe
tambm pacientes de Conceio do Mato Dentro,
Serra do Cip, Santana do Riacho, Jaboticatubas, Vespasiano,
Pedro Leopoldo e Belo Horizonte, em funo do grande
nmero de stios na regio. Belo Horizonte
recebe os pacientes de ortopedia e, Lagoa Santa, os casos cardiolgicos
e respiratrios.
Para
Leonardo Campos, o SUS paga mal. Em torno de R$ 4,70 por atendimento,
e o hospital completa outros R$ 9. A instituio
no tem verba suficiente para contratar mais mdicos.
O problema de sade no Brasil a falta crnica
de dinheiro no setor pblico, mas os interesses polticos
no permitem investimentos, porque grandes redes privadas
so financiadoras de campanhas polticas.
fonte : texto - Jornal Diario da
Tarde on line 10/07/2007
figuras:
arquivos www.lagosanta.com.br