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Analise da Secretaria de Sade confirma a espcie do caramujo africano encontrado na cidade.
Vigilncia dever executar aes de coleta do molusco



O molusco foi trazido da frica para ser consumido na culinria. No teve aceitao na gastronomia sendo as criaes abandonadas. Sem predadores invadiram o meio ambiente, destruindo e contaminando todo tipo de plantaes. O que mais grave, tornou-se transmissor de vermes, que ao alojar-se nos intestinos do ser humano causa srios danos e at mesmo perfuraes, levando-o morte.
A proliferao rpida do caramujo africano na cidade levou a Vigilncia Epidemiolgica a organizar uma campanha de combate ao molusco.
Para evitar a procriao rpida dos caramujos importante que no se deixe acumular lixo nos quintais. Os moluscos devem ser coletados (usando-se luvas) e encaminhados para os postos de sade dos bairros ou queimados.
O caramujo africano, esquerda, atinge at 15cm. Ele maior,
mais alongado e escuro do que a espcie nativa, direita

Caramujo africano: de iguaria praga

Falso Escargot ( Achatina Fulica )

O Caramujo-gigante-Africano, nativo do leste-nordeste da frica, foi introduzido recentemente no Brasil como substituto do legitimo escargot da espcie (Helix aspersa), uma iguaria muito apreciada na Frana. O Crescente aumento do consumo dessa iguaria pelo brasileiros, despertou o interesse de criadores nacionais de escargot, que o substituram pelo caramujo-africano, por este apresentar elevadas taxas de facundidade, gerando mais lucros. Adultos desse espcie atingem 15cm de comprimento de concha e mais de 200 gramas de peso total.

Forma de Disperso

O homem o grande responsvel pela disperso dessa espcie pelo mundo. Entre vrios motivos e meios que levam estes caracis para vrias partes do mundo esto os criadores e colecionadores, que por descuido, ou perda do interesse, os liberam nos jardins de casa ou imediaes. Alm disso, exemplares vivos e ovos podem ser involuntariamente transportados, junto com materiais de construo civil, plantas ornamentais, insumos agrcolas ou aderidos a contineres.

Praga Agrcola

Estes animais atacam e destrem plantaes, com danos maiores em reas de pequenos agricultores (mandioca, tomate, verduras, abbora, batata-doce, feijo, amendoim, mamo, etc) ou plantas ornamentais como hibiscos, jiboia e orqudeas.
Alimentam-se de folhas, flores frutos e caules, destrudo completamente a planta.

Achatina e a Sade Publica.

O Caramujo-Africano pode hospedar o verme Angiostrongylus costaricensis, agente causador da angiostrongiliase abdominal, doena grave com dezenas de casos j reportados no Brasil. Esta doena pode resultar em bito por perfurao intestinal, periotinite e hemorragia intestinal.
A identificao do verme em amostras de tecido (necrpsias ou biopsias) difcil, ovos do verme no aparecem nas fezes dos pacientes e a prpria zoonose desconhecida da maioria dos mdicos, sanitaristas e patologistas, pois os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenas.
Sintomas: Dor abdominal, Febre prolongada, Anorexia, vmitos.

Formas de Controle.

Estes animais no possuem predadores no Brasil.
O nico mtodo que vem mostrado resultados satisfatrios a longo prazo, a coleta e destruio dos animais, alm da eliminao de lixo acumulado nas cidades. A tcnica necessita de ajuda conjunta do governo e populao, e acima de tudo, de campanhas educativas, veiculadas na mdia e educao ambiental nas escolas. Uma assessoria tcnico-cientifica adequada imprescindvel para evitar que outras espcies naturais sejam coletadas e destrudas juntamente com a praga.
A utilizao de pesticidas invivel, pois, por serem altamente txicos, podem contaminar animais e o prprio homem.

Outras informaes

-So parcialmente arborcolas, escalam muros e edificaes. So hermafroditas (possuem sistema reprodutor feminino e masculino) e pode ocorrer auto-fecundao.
- Desovam de 27 a 356 ovos uma vez ao ano, durante cinco anos, que o tempo de vida mdio desses animais.
-O perodo de incubao e de cerca 15 dias.
-A Maturidade sexual alcanada no final do primeiro ano de vida.
-Cada animal pode gerar milhares de descendentes.
-So ativos no inverno.
-Resistem seca.
-Podem consumir sacolas plsticas e papelo.

Cuidado

Evite manusear o animal; Caso necessrio, utilize luvas e lave bem as mos; Leve bem frutas e verduras para consumo.
Recomenda-se ter maior ateno em Ilhas, Parques municipais, Bosques, dentre
outros ambientes que sejam propcio para acomodao do animal.
J se tem indcios deste animal no Estado.

Fonte
Laboratrio de Malacologia / Universidade Federal do Esprito Santo.
Centro de Cincias humanas e Naturais. / Dep. De Cincias Biolgicas.
Av. Marechal Campos, 1468, Maruipe, Vitoria
Cep 29040.090 / Tel. 3335-7256

Biloga Responsvel.
Mercia Barcellos da Costa.